INSUBORDINAÇÃO
A cidade, em coma, adormece
Percebo na sombra uma prece
A obra de um sujeito objeto
Obsoleto e sem jeito... dejeto.
A margem, não enquadrado... enquadrado.
Não contado, não registrado
Na prateleira do supermercado
Blusa vermelha
Spray na mão
A urbanidade alicia e vicia.
Contra tudo que se torna padrão
Alguém sentencia:
“Subverte-se em vão”.
E vão...
Sempre os mesmos...
Os anti-cidadãos clandestinos, clã de extintos.
Ali na frente presente
Uma nobre deformação.
Num beco calado
Um guerrilheiro desenha no opaco.
No vazio desocupado
Quebra o padrão
Quebra a retumbante arquitetura muda da cidade.
na clandestinidade
Ao mesmo tempo em que ele rabisca no muro,
No escuro acontece o inverso
A cidade rabisca nele seus versos.
T.
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