sexta-feira, 2 de março de 2012

Em defesa do sindicalismo autêntico!

Nota Pública do Presidente do Sindilimpe/ES
Zé Luiz Rodrigues
Em defesa da verdade!
Por um Sindicato sempre firme na luta dos trabalhadores(as)!

Prezados companheiros(as) dos movimentos sindical, popular e estudantil.

Nas últimas semanas as disputas internas na diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Asseio, Conservação e Limpeza Pública do Estado do Espírito Santo (Sindilimpe/ES), do qual sou presidente, adquiriram dimensão pública e chegaram ao conhecimento de diferentes setores dos movimentos sociais capixabas.

Muitos companheiros(as) tem me procurado para prestar solidariedade frente aos ataques que temos sofrido e para buscar informações que possam auxiliá-los no apoio à luta dos trabalhadores em asseio, conservação e limpeza pública. Contra aqueles que pretendem usar o Sindicato para falcatruas e negociatas com os patrões em troca de interesses pessoais.

Diante desse quadro, tomo a iniciativa de socializar publicamente um conjunto de informações sobre o processo de disputa que antecede às eleições do Sindilimpe, cuja atual diretoria encontra-se no seu último ano de mandato.

Como é do conhecimento de muitos companheiros(as), eu iniciei minha atuação entre os trabalhadores(as) de asseio, conservação e limpeza pública ainda na década de 1980, quando tive a honra de ser um dos fundadores do Sindilimpe. Desde então, tenho me dedicado cotidianamente a participar da luta da minha categoria por salários justos e melhores condições de trabalho e buscado sempre a emancipação da classe trabalhadora como forma de construirmos uma sociedade melhor!

Todos que me conhecem sabem do meu posicionamento firme em defesa do sindicalismo classista, autônomo frente aos patrões e comprometido unicamente com a classe trabalhadora. Sempre combati as práticas sindicais promovidas por pelegos e capachos dos patrões. Jamais pactuei com artimanhas voltadas à satisfação de projetos pessoais.

Foi, em grande medida, graças ao meu posicionamento firme em defesa dos trabalhadores(as) que chegamos ao conflito instalado no Sindilimpe. É claro, merece destaque também o fato de que a enorme maioria da direção do Sindilimpe comunga dos mesmos ideais de defesa da classe trabalhadora, o que tornou possível montar um verdadeiro cerco aos atos inconseqüentes e interesseiros dos elementos que agora formam a pseudo-oposição do Sindicato.

Atualmente, a diretoria do Sindilimpe tem 21 membros. Desse total, 19 compõe a maioria da direção sindical, formada por aqueles que seguem firme na defesa dos trabalhadores(as). Outros dois membros, o tesoureiro Levi Guilherme e o diretor jurídico José Paulino, abandonaram o projeto da classe trabalhadora e passaram a usar o sindicato em benefício próprio, transformando-se em representantes dos patrões.

Para explicar detalhadamente como descobrimos o que estava acontecendo, fato que levou ao acirramento da disputa no Sindilimpe, começo por lembrar a todos(as) que sou vereador pelo Partido dos Trabalhadores no município de Cariacica. Algo sempre frisado pela pseudo-oposição como se fosse um demérito da minha parte. Muito pelo contrário, tenho orgulho de ter sido eleito em 2008 após realizar um amplo debate com a diretoria do Sindicato, que concluiu ser importante ter o meu nome na disputa por uma vaga no parlamento daquele que é o meu município.

Durante o mandato, tenho honrado todos os compromissos assumidos frente aos trabalhadores(as) e à população de Cariacica. Recentemente, obtive destaque e reconhecimento público votar CONTRA o aumento do número de vereadores e CONTRA o aumento dos salários na Câmara Municipal. Agora, já anunciei que, após vivenciar por quatro anos essa importante experiência, não vou concorrer à reeleição em 2012.

No ano de 2010, também mediante o debate democrático com a diretoria do Sindilimpe e com a categoria, disputei uma vaga de deputado estadual. Infelizmente, não obtive a vitória, o que teria sido mais um importante passo na luta dos trabalhadores(as) em asseio, conservação e limpeza pública do estado do Espírito Santo.

Conforme exige a legislação, para ser candidato em 2010 tive que me licenciar do Sindicato por um longo período. Foi então que os diretores Levi Guilherme e José Paulino se aproveitaram da minha ausência para me apunhalarem pelas costas e traírem totalmente os meus ideais e a minha confiança! Ambos utilizaram-se dos seus postos estratégicos na diretoria (tesouraria e jurídico) para montarem todo tipo de tramóia.

Após o término da eleição de 2010, ao reassumir minhas funções na presidência do Sindicato, encontrei-o endividado e com inúmeros indícios de falcatruas. As finanças da entidade foram utilizadas em benefício próprio dos diretores Levi Guilherme e José Paulino, que haviam criado regalias para si próprios e para alguns cúmplices e apadrinhados.

Depois de investigar tudo, sempre com o auxílio da maioria da direção do Sindicato, descobri gastos absurdos com táxi, diárias, empréstimos, débitos em conta e outras falcatruas que caracterizavam afronta aos interesses dos trabalhadores(as) em asseio, conservação e limpeza pública.

Havia sido montado um esquema no departamento jurídico, mediante conchavo com alguns membros da equipe de funcionários, de modo a prejudicar os trabalhadores(as) da categoria em troca de vantagens obtidas junto aos patrões. A Comissão de Conciliação Prévia (CCP), sob o comando do diretor José Paulino, estava sendo utilizada para vender os direitos dos trabalhadores(as)! Um verdadeiro absurdo!


Depois de ter apurado os fatos e levantado farto material comprobatório, propus ao conselho deliberativo do Sindilimpe que aplicasse, com base no estatuto da entidade, uma série de represálias contra os diretores Levi Guilherme e José Paulino. Esse último, por exemplo, foi afastado da CCP.

Com seus dias contados na direção do Sindilimpe, frente a todo o desgaste junto aos demais diretores e à categoria de um modo geral, só restou a Levi Guilherme e a José Paulino partirem para a calúnia e as agressões gratuitas. Ambos têm lançado todo tipo de boato em torno do meu nome, além de atacarem constantemente todas as pessoas que pertencem à maioria da direção sindical. Na prática, acabam por desgastar o nome do Sindilimpe enquanto instituição, praticando a velha política da “terra arrasada”.

Entre as informações que a pseudo-oposição tem distorcido, estão aquelas relacionadas à negociação de patrimônio do Sindilimpe e à construção da nova sede do Sindicato. Nos últimos anos, depois de profundo debate na diretoria, foi amadurecida a idéia de que seria necessário vender um terreno do Sindilimpe em Jacaraípe, no município da Serra, e a casa onde funcionou a antiga sede da entidade, na rua Graciano Neves, no Centro de Vitória, para viabilizar a construção da nova sede, num terreno que o Sindicato possui próximo à avenida Vitória, na altura da antiga Bandeirante Móveis. Esse empreendimento é aguardado ansiosamente pela categoria, que passará a ser atendida num espaço amplo, com equipamentos adequados e de melhor acesso para todos os trabalhadores(as) da Grande Vitória e do interior do estado.

Tudo isso foi aprovado por CONSENSO nas instâncias deliberativas do Sindicato. Agora, os diretores Levi Guilherme e José Paulino tentam distorcer os fatos de maneira oportunista, passando a idéia de que é da minha responsabilidade alguns problemas surgidos em torno do processo de negociação que viabilizaria a nova sede do Sindicato.

Muito pelo contrário! Na verdade, o maior problema foi causado justamente pelos diretores Levi Guilherme (Tesoureiro) e José Paulino (Jurídico), no período da minha licença em 2010. No dia 06 de julho daquele ano, o diretor Levi Guilherme participou de uma reunião da diretoria executiva do sindicato onde foi aprovada por CONSENSO a venda do terreno.

Ato contínuo, no dia 16 de setembro do mesmo ano, Levi Guilherme coordenou uma assembléia onde foi AUTORIZADA a venda do terreno. Pelo menos nesse caso, tudo estaria perfeitamente dentro das normas, exceto pelo fato dos diretores Levi Guilherme e José Paulino terem negligenciado o prazo legal para convocar a assembléia, o que provoca todos os transtornos que enfrentamos atualmente sobre o assunto.

A questão é que o terreno de Jacaraípe chegou a ser negociado pelo valor de R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais). O Sindilimpe receberia parte desse valor, R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) em dinheiro e uma sala comercial no valor de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais) também no município da Serra. O comprador, inclusive, chegou a pagar a entrada de R$ 100.000,00 (cem mil reais) e a assinar o contrato de compra e venda. Pasmem:o tesoureiro Levi Guilherme ASSINOU o contrato de compra e venda na condição de responsável pelo Sindilimpe, mas agora finge que esqueceu de tudo!

Ocorre que o cartório não aceitou o registro da ata que autorizava a diretoria a vender o terreno, uma vez que havia um erro grotesco no prazo de convocação da assembléia que tratou do assunto. Isso paralisou todo o processo de transação. Repito: tudo aconteceu no período em que eu estava licenciado do Sindicato. Portanto, minhas iniciativas em torno do assunto são no PRESENTE! Meu único objetivo é RESOLVER um imbróglio jurídico e financeiro criado pelos diretores Levi Guilherme e José Paulino. Que, por sua vez, após terem sido denunciados por uma série de falcatruas, apegam-se a qualquer possibilidade de sabotar e atrapalhar o bom andamento das atividades do Sindilimpe.

Ou seja, Levi Guilherme e José Paulino agem de forma irresponsável e oportunista, sempre procurando ocultar seus próprios desmandos. Nesse sentido, eles utilizam os cargos que ainda ocupam na diretoria do Sindilimpe para criarem artifícios golpistas e impedir que o Sindicato consiga realizar uma assembléia para CORRIGIR os erros e a incompetência da pseudo-oposição.

Quanto aos obstáculos criados para a construção da nova sede do Sindilimpe, cabe ainda registrar que existe como pano de fundo a inveja política e o desejo inconseqüente de impedir que a maioria da direção do Sindicato possa satisfazer mais uma grande necessidade dos trabalhadores de asseio, conservação e limpeza pública. Na lógica oportunista e eleitoreira de Levi Guilherme e José Paulino, a construção do novo prédio os deixará numa situação ainda muito mais diminuta na próxima eleição do Sindilimpe.

Em todos os seus movimentos, a pseudo-oposição tem deixado um rastro enorme de incoerências e contradições, que só comprovam o quanto são espúrios os seus interesses. Na busca desesperada por recuperarem suas regalias parasitárias, ambos chafurdam cada vez mais na lama do peleguismo e da capitulação frente aos patrões.

É visível a relação de ambos com o escritório advocatício do “famoso” Dr. Miranda, conhecido no meio sindical por enriquecer indevidamente apropriando-se do dinheiro dos trabalhadores(as). Também é vergonhosa a busca de aliados entre os setores mais retrógrados do movimento sindical brasileiro, como a Força Sindical, conhecida por vender os direitos dos trabalhadores(as).

A verdade, portanto, é que existe no Sindilimpe a clássica disputa entre duas visões bastante distintas de movimento sindical. A maioria da direção do Sindicato, onde me incluo, está na trincheira dos que defendem um projeto classista, autônomo frente aos patrões e combativo na defesa dos trabalhadores(as). Enquanto os diretores Levi Guilherme e José Paulino, que se entregaram aos ditames patronais, estão na vala comum daqueles que esperneiam para assegurarem seus interesses pessoais, dispondo-se a todo tipo de conchavos e falcatruas!!!

Em defesa dos trabalhadores de asseio, conservação e limpeza pública!
Por salários dignos e melhores condições de trabalho!

Vitória, 02 de março de 2012

José Luiz Rodrigues
Presidente do Sindilimpe

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